Sempre quebrei unhas pintadas de vermelho
(invejo homem e mulher, Morfeu, e me importo)
Não sei se as pílulas da vida são azuis ou vermelhas
As pílulas são
A vida embriaguez
Sei que tanto isto (s) e muito aquilo (s)
Meus pensamentos silenciam
Morfeu, você dorme
Oferta-se a um oráculo ou alguém os desligou?
(Acorde-me na hora errada)
cerveja ou vinho
vida ou morte
(Morfeu? É um fechar de olhos, no escuro no silêncio)
não há quem limpe a vida
mas há vômito por toda parte
sou meu próprio faxineiro
esfrego-me torço-me jogo-me
e alimento-me dos restos de substâncias entorpecedoras
limpo-me de mim e me sujo
sou o duplo de tudo que tenho em tudo que falta
mas enquanto dormes, Morfeu
não há pílulas, não há entorpecentes, que me deem vida em morte
Gritem-me e me tirem daqui
(Interferência de Luciano da Silva)
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