quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

poemorfose n.09

Sempre quebrei unhas pintadas de vermelho 
(invejo homem e mulher, Morfeu, e me importo)
Não sei se as pílulas da vida são azuis ou vermelhas
As pílulas são
A vida embriaguez 
Sei que tanto isto (s) e muito aquilo (s) 
Meus pensamentos silenciam
Morfeu, você dorme 
Oferta-se a um oráculo ou alguém os desligou?
(Acorde-me na hora errada)


cerveja ou vinho
vida ou morte
(Morfeu? É um fechar de olhos, no escuro no silêncio) 
não há quem limpe a vida
mas há vômito por toda parte
sou meu próprio faxineiro 
esfrego-me torço-me jogo-me 
e alimento-me dos restos de substâncias entorpecedoras 
limpo-me de mim e me sujo
sou o duplo de tudo que tenho em tudo que falta

mas enquanto dormes, Morfeu
não há pílulas, não há entorpecentes, que me deem vida em morte

Gritem-me e me tirem daqui 




(Interferência de Luciano da Silva)

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